Sempre foi e sempre será um abrigo eu vir aqui escrever tudo aquilo que por momentos me vai na alma. Sempre me descansará o coração saber que aqui ninguém quer saber, ninguém me julgará pelo que digo ou penso. Aqui eu posso dizer o que sinto do fundo do coração, aqui eu posso dizer que agora não sei o que sinto a teu respeito. Um misto de raiva, nojo, amor e tristeza. Pela primeira vez tenho mais sentimentos maus a teu respeito que bons. Pela primeira vez o meu coração está a reagir, devagar, mas a reagir ao mal que me fizeste. Pela primeira vez o meu corpo percebeu o que tu queres e está a reagir contra isso. 

Fico sempre nu buraco sem fundo quando tu partes, fico sempre na merda e sem pensar em mais nada. Fico sempre no hospital, a chorar dias e sem comer como deve ser durante semanas. Desta vez eu mudei, eu reagi, eu vi, eu percebi o que és, e volto a repetir, Diz-me com quem andas, dir-te-hei quem és. Nunca os ditados populares se adequaram tanto a mim. Nunca abri os olhos com tanta vontade de ver como agora. O respeito que tinha por ti foi embora, só te vou provar um dia que não fui eu que perdi, como sempre pensei. Não sou o bicho que dizes ser, porque se sou esse bicho, então um bicho foi a pessoa que mais te amou na tua vida.