- abrigo

«se queres um escudo impenetrável, permanece dentro de ti mesmo»

Tuesday, February 24, 2015

galaxy



Melhores amigas estão sempre do teu lado para tudo, e como sempre estavas lá. Faz muito, mas muito tempo que eu liguei aquele telemóvel à corrente mas pelos vistos funciona. A parte mais interessante são as coisas lá guardadas. Fotografias não existem porque o cartão eu tirei assim que cheguei, mas o resto, o resto eu nunca apaguei, nunca mais tive coragem de mexer. 
Tive exactamente dois sentimentos a ler aquilo. As tuas, meu bicho, apetecia-me chorar por me lembrar da despedida no aeroporto, por me lembrar que foste a única a dizer «eu não quero saber a que hora me levanto, eu vou contigo», por me lembrar do ultimo abraço e do choro. Não existe ninguém como tu, és totalmente a melhor amiga que eu podia ter e pedir! 
O outro sentimento, oh oh oh, rir. Estavas na minha lista rápida, que privilégio. Na página da frente, com letras maiúsculas e um coração, bom não era? Até me meteu nosga quando vi, mas ao mesmo tempo li um bocadinho do que foi escrito e dito. Urg, tantos amo-tes, e princesa, e vamos ficar juntos e és linda, e não te vou perder outra vez, e não quero mais ninguém, e vais dar-te lindamente, tenho tanto orgulho em ti. Cheguei ao ponto que estava a ficar enjoada de tanto amor que supostamente existia. Sabes o que me deu vontade de rir? Foi ler assim: «Eu prometo que não vou desistir de nós nunca. Vamos ser felizes para sempre amor.», podes literalmente perguntar à Catarina, parti-me a rir, porque deixa ver, não fui eu que desisti. Como sempre. O estranho é não sentir nada, é ter o coração vazio em relação a ti. É ter aquele toque de nojo pelo que fizeste. É tão fácil lembrar aquela noite, lembrar o teu «Eu não tenho ninguém mas conheci outra rapariga!», até a falar te engasgas. Lembrar a tua cara  no meu Blackberry, igual aquele que te mandei, e a cara da Catarina a ficar tão desiludida quanto eu no Skype. Caladinha a ouvir tudo aquilo que disseste. Nunca te vou conseguir perdoar, nem olhar para ti com respeito. E sabes que mais, ler aquelas conversas sem ter amor por ti só me mostrou uma coisa, realmente nunca quiseste vir ter comigo. Quando o assunto estava na conversa tu fugias, não sonhavas, não tinhas ambição, mas eu cega de amor pensei que sim, li entrelinhas o que eu queria e não o que estava escrito. Realmente, devias ser actor como dizias. 
Escrever sobre ti outra vez tem as suas vantagens, porque realmente não escrevo por amor, escrevo por pena. Pena do que te tornas-te. Pena do que fizeste. 
E pena de mim, porque não sei como um dia te amei mais que a mim mesma.

Estimo que te f*das. I will see you soon.

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