success

Sobrevivi à primeira semana no meu primeiro emprego. Todas as pessoas novas e experiências que agora me são dadas. As raparigas que me treinam a ser melhor nas minhas tarefas. Sou uma rapariga do campo, cresci numa  pequena cidade onde nada acontece, onde a população é envelhecida, onde os jovens, esses poucos restantes, fogem para fora daquele local. Cresci feliz com pouca mas boa gente à minha volta, pelo menos eu pensava que sim. Passada esta semana e toda essa azafama sinto que posso continuar e não desistir dos meus sonhos. Manter a cabeça erguida tem dias que é complicado, posso ser uma mulher extremamente forte, mas como qualquer ser Humano os meus momentos fracos aparecem ás vezes. Cada dia que passa é mais uma vitória e uma batalha superada no meu calendário de objectivos. É engraçado saber que chorar agora já não faz parte de mim praticamente. Aconteceu antes de ontem, Terça-Feira, certas coisas apanham-nos desamparados e causa um estranho choque no nosso sistema. Terça-Feira isso aconteceu despertando sentimentos e lágrimas indesejadas mas que nada posso fazer para evitar. Chorar não nos faz mais fracos, libertar e deixar sair faz-nos sentir mais leves e estúpidos também, (ahahahah). 

Esta semana tem sido um misto de emoções, saudades e orgulho. Um sentimento de conquista e satisfação e ao mesmo tristeza por não ter aqueles que tanto amo para me acompanharem nesta etapa. Estou a mentir, eles acompanham diariamente, num computador a muitooooooos Km de distância de mim. Aprendi imensas coisas novas e conheci gente nova também. Acordo cedinho e ponho o meu uniforme, vou trabalhar com a esperança de subir a escada da vida um degrau todos os dias. Consegui entender que já sou querida por eles, que gostam do meu trabalho, senão não me tinham retirado o dia de folga para me chamar ao trabalho, teriam-no feito por alguém mais experiente que eu. Hoje estou de folga, assim como estive na Terça, descansar é bom! Tenho muitas saudades de casa, certas musicas fazem-nos pensar durante dias, eu encontrei aquela, que agora ficou presa no meu cérebro, no meu telemóvel, no meu youtube, em todo lado basicamente. Mais uns tempos e isso passará com certeza. Não pareço entusiasmada hoje, e noto isso na minha escrita, secalhar não o estou, mas estou feliz com a minha vida, orgulhosa do que já conquistei. Estou como o tempo hoje, enfarruscado! 

Será assim mau de pensar que não quero ir a casa mas quero? É uma escolha atribulada que até tem andado a mexer comigo. Posso correr todos os riscos do Mundo mas não quero correr esse de novo. Nunca mais. 

Hoje podia ficar aqui a escrever até ao anoitecer, parece que tenho tudo e nada para dizer. 

Porque ela, Ela é que sabe de si.