- abrigo

«se queres um escudo impenetrável, permanece dentro de ti mesmo»

Friday, December 20, 2013

Carências


Nunca ninguém lê este blog. Ninguém perde tempo a ler os meus problemas, um facto totalmente compreensivel. Aqui ao menos posso escrever sem medo. Tantas palavras ditas sem significado. Não estava há espera que ela me falasse, esperava uma das típicas atitudes familiares em que viram costas sem querer saber. Consegui perceber naquela pequena conversa que ao menos a vida dos familiares dele eu marquei, deixei uma boa impressão. Estou a sofrer ainda, não como pensei mas tu pareces não desaparecer. Cartas aparecem em teu nome, os teus ainda gostam de mim, as minhas imagens não desaparecem dali, até os pequenos aqui em casa falam do teu nome. Dei tanto de ti a toda gente, fiz de ti um príncipe mas eras um sapo, que nem com os milhões de beijos que te dava, mudou. 
Em 4 dias vi que perdi muita coisa. Vi que não prestavas atenção aos pormenores. Dizias que era bonita só por um hábito, já nem era sentido, não notavas nos pequenos detalhes que tinha embebidos em mim. Pequenos gestos que valem tanto, que mostram afecto, nem precisa de ser amor. Aquela tarde na cama, completamente moles, sem nada para fazer, só a falar. Os abraços, festinhas, beijinhos na testa, tinha tantas saudades disso. As brincadeiras e o meu rir, já não sabia realmente como era fazer isso de verdade. Foi preciso chegar a casa, parece castigo, foi preciso chegar para esses sorrisos voltarem a desaparecer. Devia ter ficado lá, naquele quarto, só a aproveitar o pouco carinho que estava a receber desde que cheguei. Devia ter aproveitado a única pessoa que me disse que eu era bonita, que me abraçou sem problemas, que me respeitou, que até tomou atenção ao meu perfume, a única pessoa que me disse - deves amar-te a ti primeiro, não te esqueças disso.
Hoje é dos dias em que nada me vale já, onde dormir é o melhor remédio, hoje é um dos dias que me fazes deitar triste de novo. parabéns, és o rei da m****.

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