- abrigo

«se queres um escudo impenetrável, permanece dentro de ti mesmo»

Saturday, September 3, 2011

bff.









Todas as férias se tornaram apenas nisto, costas voltadas, como se não nos conhecessemos, como se de ninguém se tratasse, á pouco pensei e talvez seja sempre melhor assim, acabarmos por deixar de amar e dar tanto valor ás pessoas, pois quando elas se separam de nós por motivos mais fortes, por outras necessidades e escolhas que não pretendemos seguir doí menos esse afastamento. Talvez o meu óptimo mau feitio me torne imune á dor emocional, pois é apenas essa que me incomoda, que me faz chorar, que me aninha na cama e pensa nas saudades que tenho de ouvir rir ou apenas falar e falar. Talvez agir como se toda gente se tornasse apenas alguém conhecido. Por vezes estas questões entram no meu cérebro, remexem e voltam a mexer em todas as acções que tomo durante o dia, em todas as preocupações, em todas as vezes que deixo de ser aquele «monstro ruim» e me torno coração mole, meiga. Ser anti - social, ou criar uma carapaça em torno do meu corpo e da minha personalidade me torne mais forte, menos meiga talvez. Perdoar, dar valor, sinto que por vezes só cria dor, sofrimento, mas por outro lado, também existe o carinho, o abraço, a paixão, a amizade, o doce doce doce beijinho pela manhã ou pelo deitar. Estivemos uma semana lá do outro lado, foi sensacional realmente, mas após disso tornamo-nos duas estranhas, poucas conversas, essas poucas frias.


Não entendo, estes dias fui só eu, apenas eu e mais eu! Apenas porque estás longe, mesmo estando em tua casa, perdi a paciência para aturar os problemas dos outros quando os meus já-me chegam para me fazer chorar, apenas porque só tenho uma pessoa a quem me agarrar neste momento, ele.



Sinto que está tudo a ir pelo cano, e que daqui a uns dias, quando nos encontrarmos na escola, ou no autocarro, ou até mesmo aqui para a minha mãe nos levar, não vai haver nada para falar, nada para contar, será banal, tal como os meus encontros com os outros, frio, banal e indiferente. Acredita que não era nada assim, e nós sabemos bem que não era.




Não ando feliz, não ando mesmo, apenas quando ele diz «Eu amo-te», me sinto um pouco mais amada, porque de resto, estou estranha neste mundo, onde nada é meu, onde estou sem Internet e sem este pequenino abrigo, onde estou doente e tenho tudo para fazer na mesma.



Tenho angustia desde que para estar lá para ele virei costas á família, tenho angustia desde que passei 6 dias a fazer de conta que ele não era ninguém, desde que descobri o valor dos meus livros, desde que recusei estar lá por um pouco de diversão que me faltou, e tu não estiveste lá, nem por mensagens, porque falavas comigo friamente e muito pouco por culpa do cansaço, não te censuro, pois também já trabalhei, mas nunca te recusei a mão, e isto, é um pouco de tudo aquilo que sinto e não consigo exprimir de outra forma, desculpa-me se te pareço injusta, é apenas o coração a falar. Apesar de tudo, continuas a ser a bff, e eu continuo a dizer que te amo para sempre.



Até amanhã meu bicho.

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