home sick again

Hoje escrevo só porque sim, hoje escrevo porque me apetece, ou melhor, porque sinto essa necessidade. Sou uma mulher feliz e completa, mas como todos os seres humanos tenho dias assim assim, tal como hoje. As saudades de casa apertam quando se olha para fotografias e se ouve comentários. A vontade de falar e ver a pessoa na realidade torna-se uma constante. Sei que a minha casa é aqui, sinto isso no meu coração, mas vocês ainda são um grande pedaço que me faz pensar. O coração chora por vezes, onde o cérebro ataca logo e reage. Muitas das minhas memórias em Portugal estão presas a um constante que detesto ter de relembrar para ser sincera. Um constante que o meu coração rejeita com todas as forças que tem porque o sofrimento causado e a estupidez que em mim incuti foi demasiado. Quero ir a casa, quero ir abraçar aqueles que amo, quero mostrar que estou realmente feliz, quero mostrar a todos aqueles que não acreditaram em mim, que sim, eu sou capaz. No mesmo sentido, não quero ir a casa, nunca mais! Não quero pisar essa terra que tanta coisa me lembra, não quero falar mais  esta língua onde tanta coisa foi dita e prometida, não quero visitar esses locais que hoje me fazem pensar. Hoje é mesmo daqueles dias assim assim. Hoje é dia de «cala-te margarida, deves tar parva». Capricórnio é signo de frieza, e se calhar é mesmo aquilo que sou. Uma pedra fria, sem medo da vida, sem medo da verdade, sem papas na língua, sem medo de sofrer, morrer ou arriscar. Uma pedra fria que num passado foi demasiado mole.

What happens when you don't miss some people that u thought to be your life before? I wonder what happens?

Um dia assim assim na vida de alguém.